Aquela vez que a noite foi massa, mas meu celular quebrou e eu comi uma bolacha

Aconteceu ontem.

Depois de um ano invicto, completamente intacto, sem nenhum arranhão, meu celular sucumbiu às leis da gravidade e caiu no chão. Até aquele momento, dava pra colocar o aparelho de volta na caixa e eu podia te vender o desgraçado como novo, visto que a única diferença entre ele e um novo eram fotos minhas fazendo um ensaio sensual no metrô. E isso é sério.

Eu tive uma noite muito divertida na Ludus, ri igual uma hiena que fumou maconha e assistiu à As Branquelas. Era só entrar em casa, e o saldo do dia teria sido extremamente positivo. Mas abrir um portão é uma tarefa complicada pra mim, por falta de habilidade. E aconteceu. E foi em câmera lenta. Caiu virado pra baixo, e assim ficou. Por uns segundos, ele era o Gato de Schrödinger na forma de um Nexus 4. Ele estava com a tela quebrada e intacta ao mesmo tempo. O que me dá vontade de rasgar o cu com a unha é que ele caiu da altura mínima necessária pra rachar a porra toda. Eu tenho certeza que se os Mythbusters estivessem por perto eles iriam comprovar que, se ele tivesse caído de um centímetro pra baixo, ele estaria inteiro.

Nessas horas eu vejo a terapia funcionando. Me conformei em tempo recorde com a situação, coloquei meu chip num celular quebra-galho e separei a garantia pra levar numa assistência. Mesmo com aquele vazio existencial causado pelo pensamento “se eu fosse menos gordo estabanado-pra-caralho ele não só estaria inteiro, como eu teria dois dele”. Mas esse tipo de coisa acontece o tempo todo com gordos e magros. É foda.

Foi então que eu abri minha mochila pra colocar a garantia numa pasta e eu vi um pacote de bolachas diet que ganhei da minha namorada. Um coral de anjos cantou uma linda canção de amor nessa hora. O teto se abriu e dele desceu a Kate Nash de cinta liga cantando Molejo sentada num balanço encrustado de jóias, enquanto cabritos dançavam a Macarena com a roupa do Michael Jackson. E caralhos me fodam, naquele momento, a vida era boa de novo. Sou muito grato por ser o tipo de gordo que esquece as coisas com comida, porque esse tipo de coisa é fundamental na vida.

A propósito, esse é meu book sensual no metrô:

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